Uma das diversões da nossa infância era o futebol de botão. Com o tempo e com a chegadas dos jogos eletrônicos a brincadeira, que era tão popular, foi sendo esquecida. Hoje ele está de volta e com força total.
Abaixo a reportagem do jornal O Dia sobre o seu retorno:
Febre entre as décadas de 1970 e 80, o futebol de botão, ou de mesa, ou futmesa, um simulado da paixão nacional dos gramados, voltou a fazer sucesso. Mais de quatro décadas depois de ter sido quase extinto pelo Atari, que popularizou os videogames, esse tipo de diversão, jogado com botões feitos com diversos tipos de materiais resistentes, vem se alastrando por residências, clubes e espaços públicos na Capital.
De acordo com especialistas esportivos, a prática saiu literalmente da reserva dos jogos eletrônicos. O setor anda tão aquecido, que colecionadores já chegam a pagar até R$ 30 mil num time de botões completo, antigo. Alguns fabricantes de botões, verdadeiros artesãos, como Hamilton Tavares Neto, de 58 anos, o maior colecionador do país, com 1 milhão de botões em sua loja, no Andaraí, e Carlos André Lima Barbosa, 51, guardam raridades a sete chaves.
“O futmesa não só está voltando a ser titular nesse tipo de diversão, como está se valorizando novamente, e se profissionalizando”, garante André Araújo, diretor da Confederação Brasileira de Futebol de Mesa, da modalidade Dadinho (a bola é um pequeno dado), uma das sete que regem os campeonatos regionais e nacionais.
No Rio, mais de 1.000 praticantes das modalidades, que pagam taxas de R$ 30 por mês, já são afiliados a 20 clubes ligados à Federação de Futebol de Mesa do estado (Fefumerj), subordinada à confederação. Não há estimativa de quantos adeptos jogam pela cidade, em torneios-relâmpago.
O estado fluminense é considerado hoje o de maior evidência nas competições nacionais. Tanto que o atual campeão brasileiro é carioca. Brayner Wertmuller, 23, estudante de engenharia de produção, conquistou o título na categoria dadinho, tida como a mais difícil, pelo Flamengo, sobre o também carioca Alex Lage, do Tijuca Tênis Clube, depois de dois dias de partidas eletrizantes.
Já o vascaíno Daniel Matos, é único brasileiro a disputar, a final da 24ª Copa do Mundo de Subbute, em Paris, na França.
"Comecei a jogar na adolescência, em Vila Isabel. Nunca mais parei", conta Brayner, que já perdeu as contas da quantidade de troféus que coleciona.
Como no futebol de verdade, os jogadores mudam de clubes e técnicos, chamados de orientadores. Nas competições não existe a obrigatoriedade de arbitragem. Cada modalidade tem tempos e regras diferentes. Os sites da www.fefumerj.com.br e www.cbfm.com.br, informam tudo sobre o esporte e onde jogar no Rio. Os atletas não são remunerados pelos clubes, mas podem ter patrocínios de empresas e lojas.
Bolinhas de pílula e pão
Carlos André, campeão brasileiro de futmesa pelo Tijuca e atual atleta do Bola Quadrada Brasília, é exemplo para o filho, Ander, 7. “Ele já disputa partidas. Tradição mantida”, orgulha-se Carlos, revelando que na infância chegou a usar até comprimido de anticoncepcional da mãe como bolinha. “Testava de tudo. Até miolo de pão”, lembra, rindo.
Hamilton, um dos poucos que ainda fabricam artesanalmente botões no país, conta que já usou até tampa de vaso sanitário para produzir peças.
“Quanto mais resitente o material, melhor”, justifica. Na sua loja, na Rua Barão de Mesquita, no Andaraí, tem botões de todo tipo, desde o tradicional galalite (matéria plástica), até acrílico, porcelana e fichas de poker. Um dos clientes investiu o valor “de um carro popular” na compra de uma time de 1970.
E Você, jogou ou ainda joga o futmesa? Deixe seu comentário.
Abaixo a reportagem do jornal O Dia sobre o seu retorno:
Febre entre as décadas de 1970 e 80, o futebol de botão, ou de mesa, ou futmesa, um simulado da paixão nacional dos gramados, voltou a fazer sucesso. Mais de quatro décadas depois de ter sido quase extinto pelo Atari, que popularizou os videogames, esse tipo de diversão, jogado com botões feitos com diversos tipos de materiais resistentes, vem se alastrando por residências, clubes e espaços públicos na Capital.
De acordo com especialistas esportivos, a prática saiu literalmente da reserva dos jogos eletrônicos. O setor anda tão aquecido, que colecionadores já chegam a pagar até R$ 30 mil num time de botões completo, antigo. Alguns fabricantes de botões, verdadeiros artesãos, como Hamilton Tavares Neto, de 58 anos, o maior colecionador do país, com 1 milhão de botões em sua loja, no Andaraí, e Carlos André Lima Barbosa, 51, guardam raridades a sete chaves.
“O futmesa não só está voltando a ser titular nesse tipo de diversão, como está se valorizando novamente, e se profissionalizando”, garante André Araújo, diretor da Confederação Brasileira de Futebol de Mesa, da modalidade Dadinho (a bola é um pequeno dado), uma das sete que regem os campeonatos regionais e nacionais.
No Rio, mais de 1.000 praticantes das modalidades, que pagam taxas de R$ 30 por mês, já são afiliados a 20 clubes ligados à Federação de Futebol de Mesa do estado (Fefumerj), subordinada à confederação. Não há estimativa de quantos adeptos jogam pela cidade, em torneios-relâmpago.
O estado fluminense é considerado hoje o de maior evidência nas competições nacionais. Tanto que o atual campeão brasileiro é carioca. Brayner Wertmuller, 23, estudante de engenharia de produção, conquistou o título na categoria dadinho, tida como a mais difícil, pelo Flamengo, sobre o também carioca Alex Lage, do Tijuca Tênis Clube, depois de dois dias de partidas eletrizantes.
Já o vascaíno Daniel Matos, é único brasileiro a disputar, a final da 24ª Copa do Mundo de Subbute, em Paris, na França.
"Comecei a jogar na adolescência, em Vila Isabel. Nunca mais parei", conta Brayner, que já perdeu as contas da quantidade de troféus que coleciona.
Como no futebol de verdade, os jogadores mudam de clubes e técnicos, chamados de orientadores. Nas competições não existe a obrigatoriedade de arbitragem. Cada modalidade tem tempos e regras diferentes. Os sites da www.fefumerj.com.br e www.cbfm.com.br, informam tudo sobre o esporte e onde jogar no Rio. Os atletas não são remunerados pelos clubes, mas podem ter patrocínios de empresas e lojas.
Bolinhas de pílula e pão
Carlos André, campeão brasileiro de futmesa pelo Tijuca e atual atleta do Bola Quadrada Brasília, é exemplo para o filho, Ander, 7. “Ele já disputa partidas. Tradição mantida”, orgulha-se Carlos, revelando que na infância chegou a usar até comprimido de anticoncepcional da mãe como bolinha. “Testava de tudo. Até miolo de pão”, lembra, rindo.
Hamilton, um dos poucos que ainda fabricam artesanalmente botões no país, conta que já usou até tampa de vaso sanitário para produzir peças.
“Quanto mais resitente o material, melhor”, justifica. Na sua loja, na Rua Barão de Mesquita, no Andaraí, tem botões de todo tipo, desde o tradicional galalite (matéria plástica), até acrílico, porcelana e fichas de poker. Um dos clientes investiu o valor “de um carro popular” na compra de uma time de 1970.
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